Raul - O Início, O Fim e O Meio - Um Filme de Walter Carvalho

Personalidades históricas naturalmente geram curiosidade sobre a vida pessoal. Quem é ou quem foi a pessoa por trás da celebridade?

Com tecnologia disponível, fica mais fácil fazer algum suposto retrato sobre o astro. Isso inclui biografia e cinema.

Essas obras normalmente envolvem algum retorno financeiro. Muitas contam com histórias “fantásticas” que comumente tornam um simples indivíduo praticamente um Deus (com D maiúsculo!)!

No meio musical houveram muitos que se tornaram ídolos, com fãs apaixonados para sempre!

Um tempo mais próximo tentaram fazer uma febrezinha com a banda Queen (Freddie Mercury no filme Bohemian Rhapsody) e o Elton John (Rocketman). O primeiro terminou dividindo opinião, ainda que tenha sido um sucesso no cinema - vendas. O segundo embora com um grande nome da música não foi tão lembrado.

E não para por aí! Pode esperar mais e mais histórias de artistas ou qualquer outra personalidade.

Na verdade essas representações não são de hoje. Sem o hype atual da internet, algumas obras já foram feitas, mas tão mais pra quem procurar.

Representação de livro ou filme.

No Brasil, antes do estilo de costume hoje, o pop ou o funk, existiram alguns “Deuses”. Essas personalidades, embora já meio fora de moda, são lembradas de uma maneira que parece estar incorporada na alma dos fãs!

Raul Seixas é um desses! Um fenômeno na televisão, possuía um visual chamativo e música do povo. Tão célebre que ficou pras gerações posteriores quanto pra quem viveu a época.


- O filme! -
Dirigido por Walter Carvalho, contemporâneo do Raulzito, e que igualmente possuía uma paixãozinha pela música daquele período - Elvis, rock ‘n’ roll, esta produção é composta por histórias que cercam o músico. Porém não exageraram tanto e são até aceitáveis.

Este tipo de produção quase sempre “aumenta” tanto que fica difícil de acreditar! O que felizmente não ocorreu muito aqui.

O parâmetro são algumas das mulheres do Raul (será que ele ainda teve mais?🤔🤣). Desde a primeira namoradinha no início da adolescência, a qual se casou, e mais algumas que foi tendo durante toda a sua vida.

Para esta namoradinha chegou a se fingir de bom moço para o sogro evangélico.

O filme inicia mostrando que, mesmo após 20 anos da morte, o Raul continuava vivo na memória dos fãs, com direito a pessoas vestidas de maneira idêntica, visual idem (barba, cabelo) e eventos anuais somente pra celebrar o ídolo!

A partir disso vêm os depoimentos diversos de quem teve algum contato com o Raul. A história prossegue com sua primeira banda, Raulzito e Os Panteras, seus sucessos e álbuns, o parceiro Paulo Coelho e outros.

À medida que o filme prossegue vemos sua queda, Raul era um alcoólatra, chegando ser recomendado parar para o próprio bem. E ser mandado para clínica (aquela canção Tobias Blues). Com a idade chegando, a situação não tinha como ficar melhor.

Seu último suspiro foi um cara chamado Marcelo Nova, que de alguma forma se aproximou do astro e até o trouxe de volta à mídia. Então não restou muito tempo até o dia final de sua vida!


O filme é bom?
É interessante, porém pelo formato é um tanto enfadonho. Ele acerta, mas exige paciência. E é provável agradar somente fã ou quem possuir mínimo interesse no cantor!

Um dos acertos é que não há nenhuma atuação. Cinebiografias quase sempre procuram exaltar um “Deus”, e que não tem falha, e que mesmo no erro estão certos.

Este aqui tem um ou outro momento de “estrelismo” porém não é exagerado e isso não traz nenhum problema.

Outro acerto é que há inúmeras fotos e recortes de gravações relacionadas da época, mostrando uma espécie de “achado”. Nada melhor do que ver o artista “vivo”.


Conclusão
É mais para fã, se você quiser mostrar pra alguém, “Olha esse filme!”, certamente não vai cativar nenhum interesse. Mesmo para quem é fã, a pessoa tem que estar disposta a ver o longa.

Se estiver disposto, até que vale a conferida!🤙🏻