Histórias de horror: O mito de Cthulhu (Martin Claret)

O Culto de Cthulhu. Ser descrito como uma mistura de dragão, polvo e humano
A editora Martin Claret é vista com olhos tortos por alguns. Se você já frequentou os ditos experts em livros, esta editora é muitas vezes desmerecida!

Essas pessoas dizem que a publicação tem origem duvidosa, incluindo crédito a tradutores desconhecidos. Polêmicas à parte, não se tem muitas fontes confiáveis sobre a razão para as críticas, embora realmente não se tenha dados nem referências sobre quem trabalha na Martin Claret.

Mas isso é só uma parte da história. A editora teve um certo auge no período de bancas de revistas, as com uma estrutura melhor tinha os estandes com obras clássicas e concorria com a L&PM. Pra quem acompanhou, sabe que a L&PM tem crédito.

A escolha era totalmente sua, mesmo que a Martin Claret enganava o público com um livro aparentemente maior. Mas era só comparar que as duas tinham quase o mesmo tamanho.

A Martin Claret explica em suas publicações o projeto de lançar somente “A Obra-prima de cada autor”. Com o tempo foi lançando obviamente além da proposta inicial.

Vale lembrar que mesmo sem muito crédito, a editora deve ter seu reconhecimento. Ainda que algumas obras não tenham a leitura muito agradável, ela sem dúvida trouxe alguns clássicos que não são encontrados em formato impresso facilmente, inclusive com bons textos!






H. P. Lovecraft
A Martin Claret foi aumentando seu acervo aos poucos, alguns autores não saíram de imediato. Lovecraft, mesmo com o status de clássico, tá mais para uma leitura moderna. O autor viveu até 1937.

Lovecraft é uma espécie de Edgar Allan Poe, mas com sua maneira própria. Assim como o outro escritor celebridade, este aqui é facilmente deduzível. O que se observa é que Edgar Allan Poe, coerentemente, está para uma época mais “antiga”, até o século XX era exaltado e facilmente acessível. Lovecraft vem pra um período moderno, até hoje tido como genial. Não é difícil ver seu nome associado à cultura pop dos dias de hoje. O Cthulhu, por exemplo, mesmo sem nunca ter lido sobre o que é, você sabe quem é o personagem!

A diferença de Poe para o Lovecraft é que enquanto Poe trabalha infinitamente no psicológico de seus protagonistas, algo não muito comum pra cultura de hoje, Lovecraft se empenhou em criar o próprio universo fantasioso, cheio de criaturas colossais e proporções que só de imaginar já causam assombro.






Histórias de horror
A Martin Claret no início explica que alguns termos do Lovecraft são racistas, por conta do período, e sua influência até hoje. Então tá mais do que recomendado.

Este livro pode ser lido sem medo (ou com). Assim como Poe, você facilmente encontra coletâneas com seus continhos, este aqui é a mesma coisa. O único porém é que vem poucas histórias. Lovecraft, ao contrário dos livros de Poe, tem narrações maiores, com delongas, preparando o terreno para a vinda dos seres gigantes, dos extraterrestres, seres que um dia reinavam a Terra. Então se você quer saber o que esse sujeito escreveu, este é um bom livro.

O cara realmente foi um visionário pra sua época, incluindo a “criação” de um famigerado livro “Necronomicon”. Até hoje uma lenda que engana muitos entusiastas da arte do “ocultismo”.

Não dá pra desmerecer uma pessoa que teve toda essa cabeça pra criar um mundo que parece real, mesmo sendo tudo exagerado e inexistente. Sim, você pode acabar pensando que o que ele inventou existe. Resumindo, Lovecraft é clássico, vale ler e é fantástico!

Este da Martin Claret é um bom início, ainda que existam as críticas à editora, mas vale levar, material bom, e um apanhado básico do que se passou na mente engenhosa do H. P. Lovecraft!

Vale a leitura!😉

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