Ficção científica brasileira - Mitos culturais e Nacionalidade no País do Futuro
A editora Devir juntamente com a Conrad há um tempo “áureo” tinham uma gama de publicações alternativas. Lançando nomes até desconhecidos ou não tão populares, principalmente a Devir.
Esta editora não tinha medo de jogar no mercado leituras que talvez não fossem conhecidas do público. Mas grandes atrativos, com títulos de deixar babando qualquer nerd e capas melhores ainda. Mesmo que não fosse ler, afinal eram lançamentos atrás de lançamentos. Num tempo que internet não era sinônimo de rede social, era só visitar o site da empresa que lá estavam nomes e nomes.
A Devir é muito reconhecida pelos direitos do card game Magic: The Gathering, bem como RPGs. Então qualquer relacionado era negócio.
Entre as várias publicações estava uma tal de “Ficção científica brasileira - Mitos culturais e Nacionalidade no País do Futuro”, de novo com aquela capa extremamente chamativa e um nome pra atiçar. Mas será que é bom?
O produto “exige” mais, pois entre o mercado pop mais rápido, do tipo ilustrações e quadrinho, este aqui é um livro, diga-se de passagem, um livro que vai te consumir. Sem desmerecer a autora.
Algo incrível é que é traduzido. E estranhamente não vem dizendo quem é a mesma nem de qual idioma veio. Nomes próprios podem confundir, deixando sem saber de onde a pessoa é.
Então cria um clima meio confuso. Estes são pontos negativos a se considerar para a Devir.
Mas do que se trata?
Ao contrário do que parece, não é apenas um diálogo sobre Ficção científica brasileira, cheio de imagens memoráveis e uma aventura sem fim. Não!
O livro é um estudo da autora, mostrando o que foi “concebido” como ficção científica. “Conceito ‘pessoal’”. Ora, provavelmente Ficção Científica é algo relacionado à ciência, uma história imaginável, e ocasionalmente possível. Então se relaciona à naves voadoras, discos voadores, robôs, tecnologia e derivados.
Mas a autora já começa mencionando “Iracema”, obra indianista de José de Alencar, explicando suas analogias. Até compreensível para o “Mitos culturais e Nacionalidades no País do Futuro”.
Depois a escritora continua com seus pensamentos infinitos a respeito do que seria a nacionalidade e suas ficções no Brasil. Traçando o histórico do país, desde o período colonial, com casos retratados ou vividos, incluindo observações interessantes a respeito da relação escravo negro e homem senhor branco, ou até indígenas.
Isso é basicamente o livro, a ideia é contar desde esse período em que o Brasil “foi descoberto” até os anos 2000, tempo aproximado de lançamento.
Nesse ponto decepciona, pois você tem essencialmente uma aula de História, e chata também, algo que provavelmente não quis ao adquirir o livro. É até interessante, “agrega”, mas definitivamente não é o que se quer. Olhando a capa você fica empolgado querendo ouvir lendas amazônicas, tecnologias que de repente o Brasil faria, numa ficção científica, mas não acontece e você fica desapontado.
Dá pra entender perfeitamente a ideia da autora, e também é um estudo, porém como pode ocorrer com vários títulos, você acaba comprando pela capa e dificilmente tem algum sentimento de que leu algo bom!
A dita “Ficção Científica” só vai ocorrer lá pela metade, ou até mais, com histórias sobre espaço, robôs e relacionados. Muitas narrações você só vai ter um “gostinho”, algumas também são parafraseadas de maneira escabrosa que tornam a leitura um pouco desagradável. Os autores são quase sempre do circuito alternativo, você teria que caçar pra ter informações. Mas nessa parte o livro já passa a ser um pouco mais interessante pois é o local que se espera.
A autora a despeito da carência de dados, que devia ser minimamente incluída no livro, é uma estudiosa americana do assunto, ficção brasileira, literatura. Pra ver como o Brasil tá com a bola toda. Esse título infelizmente é bem chato, mas caso queira se aventurar, vá em frente.
Graças à internet dá pra ver vídeos, sua imagem, e bem melhor que a obra escrita, dá pra ver sua expressão descontraída, incrivelmente é fluente, falando melhor até do que brasileiros😑. Caso não tenha a paciência para encarar a edição, aí está uma entrevista com a Mary Elizabeth Ginway (M. Elizabeth Ginway).
Esta editora não tinha medo de jogar no mercado leituras que talvez não fossem conhecidas do público. Mas grandes atrativos, com títulos de deixar babando qualquer nerd e capas melhores ainda. Mesmo que não fosse ler, afinal eram lançamentos atrás de lançamentos. Num tempo que internet não era sinônimo de rede social, era só visitar o site da empresa que lá estavam nomes e nomes.
A Devir é muito reconhecida pelos direitos do card game Magic: The Gathering, bem como RPGs. Então qualquer relacionado era negócio.
Entre as várias publicações estava uma tal de “Ficção científica brasileira - Mitos culturais e Nacionalidade no País do Futuro”, de novo com aquela capa extremamente chamativa e um nome pra atiçar. Mas será que é bom?
O produto “exige” mais, pois entre o mercado pop mais rápido, do tipo ilustrações e quadrinho, este aqui é um livro, diga-se de passagem, um livro que vai te consumir. Sem desmerecer a autora.
Algo incrível é que é traduzido. E estranhamente não vem dizendo quem é a mesma nem de qual idioma veio. Nomes próprios podem confundir, deixando sem saber de onde a pessoa é.
Então cria um clima meio confuso. Estes são pontos negativos a se considerar para a Devir.
Mas do que se trata?
Ao contrário do que parece, não é apenas um diálogo sobre Ficção científica brasileira, cheio de imagens memoráveis e uma aventura sem fim. Não!
O livro é um estudo da autora, mostrando o que foi “concebido” como ficção científica. “Conceito ‘pessoal’”. Ora, provavelmente Ficção Científica é algo relacionado à ciência, uma história imaginável, e ocasionalmente possível. Então se relaciona à naves voadoras, discos voadores, robôs, tecnologia e derivados.
Mas a autora já começa mencionando “Iracema”, obra indianista de José de Alencar, explicando suas analogias. Até compreensível para o “Mitos culturais e Nacionalidades no País do Futuro”.
Depois a escritora continua com seus pensamentos infinitos a respeito do que seria a nacionalidade e suas ficções no Brasil. Traçando o histórico do país, desde o período colonial, com casos retratados ou vividos, incluindo observações interessantes a respeito da relação escravo negro e homem senhor branco, ou até indígenas.
Isso é basicamente o livro, a ideia é contar desde esse período em que o Brasil “foi descoberto” até os anos 2000, tempo aproximado de lançamento.
Nesse ponto decepciona, pois você tem essencialmente uma aula de História, e chata também, algo que provavelmente não quis ao adquirir o livro. É até interessante, “agrega”, mas definitivamente não é o que se quer. Olhando a capa você fica empolgado querendo ouvir lendas amazônicas, tecnologias que de repente o Brasil faria, numa ficção científica, mas não acontece e você fica desapontado.
Dá pra entender perfeitamente a ideia da autora, e também é um estudo, porém como pode ocorrer com vários títulos, você acaba comprando pela capa e dificilmente tem algum sentimento de que leu algo bom!
A dita “Ficção Científica” só vai ocorrer lá pela metade, ou até mais, com histórias sobre espaço, robôs e relacionados. Muitas narrações você só vai ter um “gostinho”, algumas também são parafraseadas de maneira escabrosa que tornam a leitura um pouco desagradável. Os autores são quase sempre do circuito alternativo, você teria que caçar pra ter informações. Mas nessa parte o livro já passa a ser um pouco mais interessante pois é o local que se espera.
A autora a despeito da carência de dados, que devia ser minimamente incluída no livro, é uma estudiosa americana do assunto, ficção brasileira, literatura. Pra ver como o Brasil tá com a bola toda. Esse título infelizmente é bem chato, mas caso queira se aventurar, vá em frente.
Graças à internet dá pra ver vídeos, sua imagem, e bem melhor que a obra escrita, dá pra ver sua expressão descontraída, incrivelmente é fluente, falando melhor até do que brasileiros😑. Caso não tenha a paciência para encarar a edição, aí está uma entrevista com a Mary Elizabeth Ginway (M. Elizabeth Ginway).
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