Blue Dragon ST - Secret Trick (Ami Shibata)

Ami Shibata, almejada no Brasil pelo anime Bucky (Jibaku-kun). Segundo informações da web o título não foi sucesso no país de origem. Não dá pra saber também muito se nos outros lugares teve sua presença querida.

O anime passou no Band Kids, febre pelos “inovadores” desenhos japoneses. Foi início de uma legião de fãs, Dragon Ball Z era o produto mais vendido. Outros títulos vieram pra acompanhar a grade e esses sem dúvida são menos divulgados e hoje estão mais para quem viveu aquele tempo!

Bucky obviamente deixou o estigma de derivado do sucesso de Pokémon. Até bem atrevido: monstros, uma espécie de Pokébola (os espíritos), e não faltava o “treinador”.

Na ocasião mídias seguindo a fórmula eram o básico. Monster Rancher, Digimon e o que fosse.

Alguns tem o carinho até hoje dos fãs, defendendo a disputa eterna de que é melhor que Pokémon (sendo que tudo parece mais uma cópia!)

Já deu pra entender que tem gosto pra tudo, não é?

Portanto Bucky foi mais um título que os fãs sempre ansiaram. Porém, diferente de outros, que mesmo seguindo um pouco obscuros - Digimon lançaram videogames - não se tem muito acesso sobre o título. Cadê o mangá?

Com um público aparentemente fiel, nunca chegou aqui. E não dá pra negar o jeito próprio de traço, apesar de ser com a ideia de Pokémon. E parece que é uma história fechada, sem extensão.

Felizmente deu pra ter um gostinho da Ami Shibata. Pode ter passado despercebido pelo público que era a criadora de Bucky. Mas sim! É dela!

O título se chama Blue Dragon, uma franquia originalmente de videogame, inclusive a JBC lançou outro com o desenhista de Death Note, vale notar que este último é para um público mais crescidinho.

Os japoneses são mestres em fazer humor, desenhos cartunescos e infantis. A história título é sobre uma garotinha, uma pentelha, que deseja ficar mais forte e pede ajuda para o seu mestre. O desenrolar é totalmente baseado em videogame. Com nomes de golpes e ganhando XP.

Algo bastante detestável, mas salvo pelo ritmo de aventura, é logo na apresentação vermos que os personagens são iguais ao do Bucky! Isso! O mestre e outra moça não dá pra negar que são praticamente os mesmos. A moça se parece com aquela do episódio dos piratas, que a jovem era uma. O mestre seria quem? É o Bucky!

O humor pelas cenas da “crioncinha” são impagáveis, outras cenas igualmente. Mostrando que ingenuidade não tá com nada. São bem divertidas, deixando difícil uma competição com títulos do gênero infantil dos ocidentais.

Contudo é só uma parte da revista da JBC. Felizmente, e até convenientemente, vem “uma” história bônus. Pra também preencher o tamanho da edição.

Vários contos de autoria da Ami Shibata com personagens que são animais ou de fantasia, mas constantemente representados em forma humana. Mais um show de comédia!

O nome das aventuras é Freeman HERO, vários causos dentro do mesmo universo.

Apesar da revista ser considerada “livre”. Essas últimas narrações tem um humor mais malicioso, mas pode ser lido por qualquer idade. Até mesmo a meninazinha de Blue Dragon não é muito “flor que se cheire”.

Essas últimas histórias as temáticas são cotidianas, mesmo tendo animais como protagonistas. São muito boas.

Vale conferir o título!

Algo que se pode destacar é o traço, já demonstrado em Bucky. Mas os seus mangás são bem mais característicos e lúdicos, até toscos, diga-se de passagem. Com humor, que parecem as histórias infanto-juvenis de Akira Toriyama - Blue Dragon é dele, mas o crédito desta edição é de Ami Shibata.

O Japão é um lugar com uma infinidade de títulos acumulados durante a História. E alguns desenhistas nem sempre se tem muitas informações, principalmente para ocidentais. A Ami Shibata, pra ter sido escolhida pra fazer Blue Dragon, muito provavelmente tenha sua relevância. Mesmo que digam não ter tido tanto sucesso na sua terra por Jibaku-kun, muito aclamado por aqui, dá pra ver, pelo último título dessa revista da JBC no Brasil, que tem suas autorias. Infelizmente, pelos mares de histórias lançados, fica difícil acompanhar um título ou autor. Muitos lançam obras que não tem a mesma relevância. Esperar que Ami Shibata tenha o seu devido local, ainda que no Brasil praticamente não tenha muitas informações de seus contos nem divulgação.

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