Spawn - O Soldado do Inferno

O visual dessa imagem não tá muito bacana. Mas no filme é melhor

De um tempo em que nem se imaginava a febre que viriam se tornar os filmes de super-heróis, Spawn - O Soldado do Inferno teve seu lugar. Hoje já tá bem esquecido. Até mesmo na época não teve tanta repercussão, mas se você não viu ou não lembra com clareza, vale (re)assistir.

O filme data de 1997, foi até rápido pra um personagem criado em 1992. Nesse tempo, anos 1990 e comecinho de 2000 o personagem foi muito divulgado, principalmente pelos anúncios fodásticos nas revistas em quadrinhos e relacionados, e também bonecos que podiam assustar mas com certeza eram queridos entre a garotada, que nesse tempo, acredite se quiser, eram facilmente achados em lojas diversas. Diferente de hoje que só se encontram, e se encontrar, em lojas especializadas. Observação, eram bonecos oficiais! Mas que também tinham um custo caro!

O filme apresenta aquela história batida, e que agrada o público, de um homem que acaba tendo que servir o Capiroto depois de morto, vendeu a alma.

Os efeitos especiais dos anos 1990 pareciam estar passando por uma fase de transição e testes, então muita coisa era tosca, o mais engraçado era quando tentavam fazer algo sério, porém falhavam miseravelmente. Mas esses aqui estão bons, alguns não são perfeitos, no entanto dá pra gostar sem preocupação.

Os efeitos mais “toscos” ficam pra parte do Inferno, em especial do grande chefe Malebolgia, um cg meio estranho, ficou até assustador, logo tá aprovado! Também no Inferno podemos ver o exército que deveria ser comandado pelo nosso anti-herói, mas também são efeitos de cg, podendo parecer toscos, e igualmente aprovado.

O filme, como parece ser regra no gênero, conta a origem. Al Simmons é uma agente da CIA que termina caindo numa emboscada, morre e volta à “vida” como O Soldado do Inferno. O Malebolgia apesar de ser mostrado como dono da porra toda, mesmo com aparência assustadora, pouco faz. Deve se destacar os personagens que estão na Terra: o patrão, o cara que ficou com a mulher do Spawn, a filha da mulher do Spawn, até o “catioríneo” tem espaço. Uns mais, outros menos. Outra coisa que dá gosto de ver é o palhaço, esse aí é um mala sem alça que faz armações e irrita o herói. Também mostra sua verdadeira forma, um demônio tão bizarro quanto o Malebolgia, talvez só perca por tamanho. E tem o Spawn, atormentado, mesmo indo pro outro lado mostra bastante humanidade. O filme pode ser resumido no Violador e anti-herói. O bem e o mal. Mas é claro com aquele toque de não tão bonzinho.

Já nessa época podia se ver o potencial de super-heróis, é claro que teve outros até de mais sucesso, Batman é um deles. Porém com este, embora nunca tenha tido o tão grande sucesso que de outras produções, é bom pra olhar uma certa maneira de fazer o gênero. Até para um que não é tão lembrado pelo grande público. Convenhamos, alguns super-heróis já estão ficando desgastados, pela excessiva repetição, o Homem-Aranha. E ainda bem que capricharam nesse Aquaman (2018).

Estão com a promessa de fazer um novo longa de Spawn. Vamos ver no que vai dar. Torcer que seja bom!

O que não dá pra acreditar é que esse cara é o Luigi do filme trash do Super Mario Bros. Isso mesmo, a adaptação do videogame!