Interiores (Woody Allen)

Woody Allen atualmente é uma figura muito polêmica, principalmente por causa do acesso à Internet. Sua vida tem controvérsias que geram repúdio por muitos. Olhando os seus filmes parece que ele já dava dicas de sua personalidade e do que estava por vir.

Mas não dá pra negar a qualidade de suas obras. Seus filmes são bons, embora tenha esse lado obscuro.

Se você não está a par do que se trata, os filmes praticamente todos têm os seguintes assuntos abordados, muitas vezes parece que você está vendo a mesma produção. Os temas: adultério, relacionamentos de adultos com menores (na verdade só o adultério é mais recorrente, mas depois das polêmicas o tema do relacionamento com menor pode causar alguma sensação).

Você pode olhar as obras mais antigas, daquelas ainda com Mia Farrow e Diane Keaton, que o cara parecia tá prevendo.

A polêmica veio pois ele trocou a sua esposa Mia Farrow pela filha adotiva da mulher e outros casos envolvendo seu nome vieram a tona.

Bom, os filmes são atrativos, e embora tenha esse lado errado são entretenimento. As comédias são boas, mas esse aqui é do outro gênero que ele trabalha, com bem menos frequência, o drama.

Tem um filme dele do mesmo gênero, que é bem mais difícil de digerir, que se chama “A outra”. É arrastado e cria uma atmosfera realmente até pesada. Se você for ver é bom ficar atento aos diálogos, a dublagem não é boa, mostrando a personagem ouvindo a conversa do cômodo adjacente, porém você não entende nada. Ative a legenda. E em outras partes o som aumenta quando a situação muda, bem defeituoso.

As comédias, ao contrário de “A outra” são muito divertidas e você assiste sem se preocupar.

Mas agora partindo para “Interiores”, é fácil de ter gosto, mesmo sendo drama. Tem um enredo coeso e questões pertinentes, querendo ou não, podem acontecer.

Aborda um casal que já está na terceira idade e tiveram três filhas, todas adultas e independentes dos pais. A mãe da família, talvez pelo envelhecimento, termina adquirindo manias, ela fica preocupada em estar arrumando as coisas pelos cômodos dos lugares onde mora, seja sua casa ou das filhas. Fica dando palpite sobre ornamentos que devem ser comprados, e às vezes nem o dinheiro tem. Ficou mesmo uma espécie de peso para os parentes.

Esse é o ponto de partida, falando assim parece uma história cruel com a própria mãe. Mas não é tanto dessa forma que é mostrado. Talvez uma prova de paciência. É uma abordagem verdadeira. Não dá pra contar mais, pois seria estragar o filme. Outra coisa que vale destacar é a personalidade das filhas, cada uma é de um jeito, pensa diferente. É um drama bem feito! Vale ver!

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