O Exorcista (filme)
O cartaz ícone do filme que nada entrega, mas só pelo nome já pode assustar |
As imagens de terror são facilmente achadas na internet e não dificilmente podem passar em algum vídeo que você esteja vendo por aí relativo. Por não estar preparado, talvez acabe mesmo assustando. A própria imagem da atriz é sinônimo de temor.
Além disso rolaram muitas lendas, amplamente divulgadas e que com certeza só trouxeram fama. Algumas lendas (fatos) a notar: morte de atores e pessoas envolvidas na produção; um padre benzer o set (?); fogo no cenário e outros.
A maneira como contam esses incidentes, associados às imagens perturbadoras são mais do que necessários para causar impacto.
Mas deixando isso e vendo o filme além do espetáculo, dá pra perceber que vai além do terror.
Pra quem já tá se borrando de medo, a trilha sonora no início e qualquer movimento assusta. E também pra quem é jovem e imaturo pode acabar impressionando bastante. Aparece o padre Merrin, um senhor em viagem pelo Oriente Médio, onde vê a imagem do demônio Pazuzu (desculpe o trocadilho, mas pode-se dizer que o demônio tá mais pra “Pauzudú”). Essa imagem do demônio de cara pode impressionar um público mais jovem. Os efeitos sonoros também são muito bons, criando uma atmosfera. E também é exibido cachorros brigando.
A garota que vai ser endemoniada também termina assustando aqueles que estão amendrotados. Mas ela ainda nem se transformou.
Além do lado terror o filme tem bastante drama. O padre Damien Karras, um dos protagonistas, além de exercer a batina é psiquiatra. Ele pratica esportes e está abalado pois sua mãe não tem saúde e já é bem velhinha.
A trama vai se desenvolver com o comportamento estranho da garota, uma menina entrando na adolescência. Sua mãe a leva com alguns médicos, fazem uma série de exames. Sempre puxando o lado da razão. Até que as coisas realmente ficam fora da normalidade. Atentando para o filme, você vê que os próprios personagens sempre querem levar o tema exorcismo como último recurso. Que é uma coisa extraordinária. O padre Karras mesmo diz que isso não é de acontecer, ainda mais por ser da psiquiatria.
Mas então terminam fazendo, Karras e o Merrin, o qual era uma espécie de “master” das igrejas. E então vem aquelas cenas famosas do suco de abacate, das abacatadas, essas são bem nojentas. Um fator que surpreende bastante além do visual são os efeitos sonoros, e a voz que é medonha.
O final termina bem pra menininha, aparentemente. Mas não dá pra ignorar os dramas que ficaram inconcluídos, como as mortes que rondam a história, sempre relacionadas ao local onde a garota estava. Isso sim ficou bizarro.
Outra coisa que também o filme está de parabéns é o totalmente incorreto. A produção é dos anos 1970 e mostra um lado sombrio, que hoje até é evitado. Gente fumando, a menina falando palavrão, obscenidade. É até cômico o médico dizer: “Sua garotinha tá até com um vocabulário avançado”, e a mãe ri. Também tem o lado dos padres, que fumam, bebem, e o Merrin quebrando a recomendação médica, dizendo que não pode, mas tá cagando pra isso.
Veja esse filme com o lado mais racional, e não assustado com as sensações.
Linda Blair. Quem diria que essa garotinha ia apavorar o povo? |
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