Yu Yu Hakusho (mangá)


Clássico do desenho japonês. Já começa de maneira inversa. Yusuke Urameshi, o protagonista, está morto.

Durante a vida era um aluno arruaceiro. Brigão, tinha fama de ser forte. Fumava, matava aula e gostava de ir a casa de jogos.

Ele não entende que está morto mas logo é apresentado à guia espiritual Botan, que diz que ainda pode ressuscitar.

Yoshihiro Togashi nessa trama inicial apresenta desenhos bens cartunescos, por exemplo, as caretas que Yusuke faz pra alegrar o garotinho que é “salvo” por ele. Mas é só o começo. Pois depois somos apresentados aos tipos mais feios possíveis. Jovens delinquentes na trama são dos mais risíveis, pois são feios que dão até pena. Um deles vai seguir adiante na história, que é o maior “rival” do Yusuke, o cara feia Kuwabara. Esse logo no começo leva porrada ficando mais feio do que já é.

O início é muito divertido porque apresenta justamente isso. Por apresentar situações do cotidiano agrada.

Outros personagens são a Keiko, amiga de infância do Yusuke e que vive tentando corrigi-lo, dizendo pra ele ir à aula, e par romântico do personagem principal.

Tem também as amigas da Keiko, que, assim como os outros alunos que andam na linha, têm medo do protagonista.

Há um homem de importância na escola bom que não quer repreender o Yusuke, como muitos da escola querem. Claro que não acha correto o que ele faz, mas esse homem acredita no jovem. Acha que tem jeito, tem esperança.

Em contrapartida há uma pessoa que faz o que for possível pra tirar o aluno mau-caráter, inclusive fazendo tramoias.

Essa primeira parte ocorre na cidade e na escola. E apesar de dois personagens principais, Kuwabara e Yusuke, serem um mau exemplo, eles acabam demonstrando que tem bom coração, mais do que muita gente por aí.

Morto, Yusuke tem algumas provações para que mereça voltar a vida.

Vivendo mais uma vez, o protagonista recebe o cargo de detetive sobrenatural. Sua primeira missão é capturar objetos do outro mundo roubados por três youkais (demônios). Dois deles são os famosos Kurama e Hiei, que terminam fazendo parte dos protagonistas.

Em história posterior, somos apresentados a velha Genkai, uma mestra da luta com poder espiritual.

Depois vem a famosa saga com o vilão icônico Toguro. No torneio dessa luta, tem também o carismático Tiyu, o bêbado. E diversos outros personagens.

A um certo ponto as atitudes dos personagens começam a se consolidar e mudar, Yusuke termina se tornando um justiceiro, um personagem do bem. Kurama, o mais inteligente do grupo, é um rapaz com muito bom senso, e algumas vezes até assusta por frieza das suas decisões. Hiei é arrogante e quer sempre ser mais forte. Kuwabara, apesar do carisma no início do mangá, infelizmente não ganha muito nas lutas, mas tem um lado humilde e agrada um pouco por sua pessoa, mas somente um pouco. Pois em muitos momentos é chato, Kuwabara poderia ser um melhor personagem, poderia ser trabalhado melhor suas qualidades e sua simpatia. Ele se dá bem com Kurama, e não gosta do Hiei. Mas no final fica carismático mais uma vez.

Esse lado justiceiro do Yusuke faz parte obviamente do estereótipo shonen de desenho japonês. O que acaba ficando um pouco diferente do personagem que não quer nada no início da trama. Mas felizmente ainda no resto da aventura temos bons vilões e um pouco dos demônios, que é uma coisa que os japoneses fazem e muito bem.

Depois do torneio vem algumas tramas relacionadas ao Makai, que é onde vivem os youkais.

Passada essa história, Yusuke e outros ficam podendo transitar nos dois mundos. O final foi muito bom. Mas infelizmente deixou aquele aperto no coração que a história ia ter um fim e vida que segue. E é isso mesmo, cada personagem segue adiante. Cada um rumando sua vida.

Além da série principal, a JBC lançou 3 volumes com versão dos filmes de Yu Yu Hakusho. O primeiro envolve o passado do Koenma, e apresenta uma “versão do mal”/alternativa dele. O volume 2 e 3 contam uma só história e apresentam também uma versão alternativa da Botan. E aparece um vilão coadjuvante relacionado ao Kurama e outro com o jagan, que nem o Hiei.

Os comic movies são apenas histórias secundárias, assim como fizeram com vários animes, do tipo Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco. Apesar desse tipo de conteúdo, não é totalmente ruim. Obviamente o enredo não é dos melhores como vemos na publicação principal, os mocinhos também não apresentam muita personalidade. Mas temos alguns personagens que terminam chamando a atenção. Sem contar que o final do mangá talvez não devesse ter continuidade (talvez!). Já que vendo o início da história e acompanhando podemos notar os protagonistas envelhecendo, ficando mais adultos.

O último volume desse comic movie tem um ótimo extra, a entrevista com alguns dubladores do anime, é muito legal que eles dividiram, fizeram um “comparativo” com os dubladores no Brasil e Japão, esse extra ficou muito bom.

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