Panorama do Inferno
O início é bem pretensioso, sem conteúdo, somente o visual de show de horrores. A leitura demonstra aos poucos fatos que não são difíceis de imaginar, vício em jogo, bebida, agressões, loucura. Algumas imagens são bem gratuitas. Figuras de violência e terror que parecem não ter muito objetivo além de exibição. O mangá se salva pelo enredo acrescentado. Caso contrário seria apenas uma galeria de horror para pessoas impressionáveis, um mangá vazio.
A história mostra o artista que vive em um local chamado Inferno, e que o usa como inspiração para suas pinturas. A imagem é “surreal”, com sangue pra todo lado e gente sendo decapitada. Quando se conta a história do protagonista vem um pouco de veracidade. A partir da história do seu avô até chegar nele. A essa altura já não podia deixar o lado fantasioso, então muitas cenas são cheias de sangue, morte, morto-vivo. O que for relacionado a morte e sangue é representado. Podendo até causar incômodo, por isso 18 anos.
Essas cenas “surreais” banhadas a sangue, nem todas são gratuitas, não deixam de mostrar um lado podre da humanidade, não é difícil imaginar, já que parte da história é próxima a Segunda Guerra Mundial em que houve muitas atrocidades, não só pela Segunda Guerra, como em tempos anteriores. E também esse mangá mostra bichos sendo mortos, então passe longe se você fica chocado com esse tipo de cena.
O autor Hideshi Hino, que é reconhecido como mangaká (quadrinista japonês), na verdade é chinês. Por isso as referências à China. Ele também é conhecido por seu gosto peculiar ao terror. Inclusive fazendo filmes, já foi até acusado de snuff movie, produções em que há morte de verdade.
A edição lançada pela Conrad no final dá uma explicação sobre Panorama do Inferno e ainda vem uma palavra do autor, com um lado dele que dificilmente é mostrado.
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