JUIZ DREDD MEGAZINE (Mythos Editora)
Se você não conhece as histórias do Dredd e de seu universo e gosta de quadrinho, não sabe o que está perdendo. As revistas Juiz Dredd Megazine lançadas pela Mythos apresentavam a personalidade do juiz durão de Mega-City Um, que colocava ordem na cidade, embora nem sempre fosse justo, contudo era bastante sensato e nada mais fazia do que seu dever.
Passado em um futuro onde os policiais, tais quais Dredd, eram responsáveis por manter as coisas no lugar, o poder pertencia a eles, agiam de forma independente. Muitos eram contra os juízes, geralmente esses homens da lei estavam coagindo os cidadãos, se fosse suspeito com certeza iriam atrás, mesmo se inocente. Não havia muita liberdade. Várias histórias tinham um lado cômico, irônico, qualquer passo falso era crime. Um universo politicamente incorreto, sem sombra de dúvidas. Mas tanto da parte dos policiais quanto dos cidadãos.
Tanto poder na mão dos juízes que uma edição especial foi voltada com o tema democracia, o mundo estava sob domínio deles por um longo período e a história diz respeito exatamente sobre a questão da liberdade, do direito de escolher um governante, recomendadíssima. É uma leitura que deve acompanhar as outras, depois de ser apresentado ao universo de Dredd.
Não espere aventuras Marvel ou DC, ou mesmo famosos mangás. São boas histórias e trazem um universo bastante único e até imaginável. No universo Dredd existem inteligência artificial, robôs, aliens, clones, tratados de forma tão natural que parecem ser até de uma realidade próxima.
Além das aventuras do famigerado Juiz, encontramos outras provindas das mesmas publicações, Área Cinzenta, Sláine, Nikolai Dante. As diferentes histórias podem não agradar a todos, mas pode-se olhá-las e ver qual se identifica.
Sláine se passa em um tempo rústico, um universo medieval fantástico parecido de RPG.
Área Cinzenta nas primeiras edições de JDM no Brasil tem uma arte muito foda, o que impressiona logo, fala sobre extraterrestres.
Nikolai Dante, uma divertida história em uma Rússia futurista, é mais voltada para o humor, portanto, se você gosta desse gênero, com certeza é um bom título.
Na revista ainda haviam pequenos bônus, escritos geralmente pelo mago Alan Moore, os mais diversos contos fantásticos, muitos envolvendo ficção científica.
Além disso, alguns extras contando um pouco da origem das revistas que lançariam Dredd e outros.
Muitas histórias lançadas na JDM eram antigas e hoje o rumo das publicações originais talvez seja diferente. É muito recomendável olhar esse material, apenas verificar sem compromisso, saindo um pouco da mesmice. As artes da capa são fodas, o visual do Juiz Dredd também é foda, mas parece que os gibis são sempre lembrados pelos nomes americanos. E apesar do ótimo conteúdo, parece não haver tanto retorno.
A revista só deixou um pouco a desejar por conta do preço, a editora deve ter os motivos, embora tenha folhas de ótima qualidade, acima da média, no entanto, para quem compra, R$10,90 é realmente um valor salgado. Teve outras revistas, de outros universos, de outras editoras, que vinham com mais páginas e que eram mais baratas. Lembrando que não é mais publicada, porém ainda podem ser encontrados encadernados e compilações, mesmo se for achada uma sequência das revistas, vale a pena adquirir. Prove! Juiz Dredd e companhia.
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